Tenho vários projetos pra minha vida e um deles é morar
sozinha. Pensei diversas vezes no assunto se é realmente o que quero, o motivo determinante da minha decisão, necessidade e condições financeiras.
Após pensar muito resolvi sentar com a minha mãe e conversar
sobre. No início ela achou a ideia um pouco estranha, depois passou pela fase
de não acreditar na concretização do projeto e agora está me apoiando muito, até
deixando de doar alguns móveis e utensílios domésticos para dar pra mim (fofa).
Eu quis ter certeza que ela iria apoiar essa ideia porque não
quero sair de casa brigada com ninguém já que a casa pode mudar, mas os pais
não. Uma das coisas que minha mãe sempre fala é que não acha justo que eu fique
na saia dela pra sempre e como está chegando a hora de criar 100% a minha
independência ela estará do meu lado para ajudar. O aval dela foi o fator
necessário para eu continuar com esse projeto.
Depois veio a pior fase, controlar a bendita ansiedade.
Comecei a ver apartamentos para alugar pra ontem, comecei a fazer mil contas,
entrar em vários sites de decoração, blogs com dicas para comprar móveis etc.
Sério dei uma pirada legal. Eis que chegou o momento de juntar
os planos com o dinheiro necessário. Que depressão!
Fiquei extremamente chateada porque as regiões de São Paulo que quero morar estão um pouco além do que eu posso arcar.
Não vale a pena você ter dinheiro pra bancar uma casa, mas
não sobrar pra viajar, sair com os amigos e muito menos comprar um presente de
Natal pra família, né!? Então comecei o projeto poupança.
O projeto poupança é um dinheiro que estou guardando, não
investindo! São coisas totalmente diferentes, estou também de olho em alguns
investimentos futuros, mas conto em outro post.
Depois que coloquei toda a estimativa de gastos que terei,
como aluguel, condomínio, IPTU, contas básicas (água, luz, gás, internet),
mercado, gastos emergenciais (chuveiro queimado, vazamento de cano, remédio),
gasolina, IPVA, seguro do carro, previdência privada, convênio médico e OAB
bateu um desespero fora do comum e um ataque de ansiedade incontrolável.
A primeira coisa que pensei foi que não conseguiria sair
nunca de casa e que viveria pra sempre na casa dos meus pais. Todo ansioso sabe
que o drama é um fator essencial para nossa existência.
Parei, respirei bem fundo e comecei a pensar em tudo que era
realmente necessário. Optei tentar manter um padrão de vida muito próximo do
que eu já tenho, já que é pra sair que seja pra ficar igual ou melhor. Não
quero passar necessidades e vontades.
Após essa decisão importante decidi adiar o meu prazo para
pelo menos um ano, guardar uma grana nesse período e depois voltar a rever a
minha planilha.
Contarei nos próximos posts tudo o que é necessário para
concretizar o meu projeto e a que passo estou. Acredito que vocês vão
acompanhar esse processo todo comigo.
Mas agora irei comentar somente o motivo que me fez tomar
essa decisão.
Quando eu era um pouco mais nova, na época da faculdade,
queria sair de casa para ter mais liberdade, poder chegar a hora que bem
entender, comer o que e quando quiser, não ter ninguém mandando em mim e toda
essa rebeldia de adolescente.
Hoje a história já é outra, eu acredito que tenho muita
liberdade morando com meus pais e que morar sozinha não me fará uma pessoa realizada neste aspecto. O desejo maior é a independência e crescimento que este ato
demanda. Sempre tive tudo na mão, a maior mordomia e isso é ótimo, mas não é o
que quero pra mim sinto que preciso crescer de verdade.
Percebi que está na hora de novos rumos, aprender a organizar os setores da minha vida. Cuidar de uma casa demanda muita
responsabilidade. Limpeza, compras e contas são fatores extremamente
necessários e a cada dia percebo que está chegando muito a hora de começar a
cuidar do meu próprio nariz, de aprender a me virar diante das situações
inusitadas que a minha casa e minha vida podem criar.
A ideia de morar sozinha está muito além de festas no apê, bebidas sempre disponíveis na geladeira e pizza de segunda a sexta. Posso até fazer isso, mas
de verdade meus planos são outros. Quero manter a tranquilidade que é meu lar
atual para o meu lar futuro.
Tenho certeza que na minha casa sempre terão pessoas comigo - namorado, amigos e familiares - mas ter meus momentos de paz serão
cruciais. Saber viver na própria companhia é muito bom e demanda um grande autoconhecimento, para não causar aquele sentimento angustiante de solidão.
Acredito que o motivo maior é o meu crescimento e cada dia
tenho certeza disso. Já estou há um bom tempo pensando no assunto e os prós que
surgem são muito maiores que os contras. Estou super animada, mas desde que
optei por realmente concretizar esse projeto estou aprendendo a viver um passo
de cada vez, para me controlar e não desanimar.
Até agora está dando tudo certo e a tendência é continuar assim, vamos ver no que vai dar.
Até agora está dando tudo certo e a tendência é continuar assim, vamos ver no que vai dar.
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